sexta-feira, 9 de maio de 2014

Mero espectro perambulante




De onde vens?
Desculpe minha petulância...
Ainda é muito cedo para começar com este tipo de questão. Com esta pergunta tão dura. Tão errônea. Tão cheia de verdade com o termo “vens” já afirmando que venhas de algum lugar.  
Mas, me digas, o que fazes neste pequeno universo internauta? Vagando em meio a essa caixa que brilha. Parado neste banco duro. Mal acomodado. Esperas ler um texto construtivo por aqui?
O que esperas de mim? Analisar meus erros ortográficos? Ou um...
Discurso maravilhoso, uma teoria misteriosa, um Ensaio Louco, uma poesia inspiradora, um texto bem escrito. Queres um debate Progressista, não? Sinto a sua vontade daqui onde estou. Esperas algo 
Iluminador! Iluminador de ideias, meu caro iluministazinho?
Queres que eu mande para suas sinapses este parasita revolucionário, este quebrador de paradigmas, ó céus, tenho até vontade de gozar quando penso na Ideia. Na ideia de um pensamento Genial! Esquizofrênico. Enlouquecido por divagações e reflexões.
Devo parar com meus aforismos agora, senhor medidor dos bons textos?
Não faça essa expressão depressiva para mim não. Meu texto está bom, não está? Sou inteligente, sim, meu caro senhor!!!
Receio que terei que começar uma abordagem filosófica-bestial-catastrófica de um meio tão imerso a realidade. As realidades. Pareço instigante agora?
Esse meio é onde vives. Não a rua. Nem a cidade. Nem o país. Nem o mundo que você enxerga. Impressionante, não? O meio está dentro de você. E, também fora. Ou seja, está em Tudo. E, está em Nada.
Nada um termo tão sem vírgula tão sem ponto sem conceito definido sem uma materialização de si mesmo sem absolutamente nada sim ou não ou certo ou errado bonito ou feio será que eu poderia colocar o termo”nada” dentro de um paradoxo uma contradição tão bonita tão louvada por Dioniso!?
Desculpe se eu falei de forma rápida. Eu devia estar empolgada ao tentar relacionar o Nada ao Dionísio, fico pensando agora: será que alguém já fez isso antes?
Chega de indagações, por Zeus!! Por que me indago tanto?
Desculpe a irresponsabilidade em meu escrever. Tão desorganizado. Com estruturas invertidas. Desculpe-me, ó céus! Só queria escrever algo genial, meu iluminadíssimo!

Minha essência se veste da Fala. Do iludir. Mostrar uma verdade. Sim! A Verdade da inverdade. Do Ser dentro de um Não-Ser. Do nada inconcebível. Ou seja, de todos esses prazeres pecaminosos!!!  
Desses vinhos irresistíveis servidos por Dioniso.

Meu caro... DIGA-ME DE ONDE VENS? Não, tu não sabes. Esquece essa pergunta. Fica de bico calado aí. Eu não quero saber! Tu não vive. Tu não respira; Tu não existe. Tu não tem nome. Nem família. Nem roupa. Nem cérebro. Nem coração. Nem casa. Nem verdades. Não tens Nada.

Ó, Deus errante que vaga na estrutura da Loucura!
Ó, senhor, de todos os senhores das ilusões!
És um mito digno. Uma verdade intransponível! 
Um louco normal. Um louco comportado!
Um Deus do sofrimento! Dono das mágoas e lamentações.
Dono da terra. Da água que me falta agora. Da preguiça contemporânea!

Quanta beleza mística há em um Ser louco. Em um Deus dono das coisas. Imaterializadas. Quantas monografias, artigos, uma matéria poderia ser feita para o termo “beleza”. O que é? O que é? Charada. Cilada. Mentira. Danada.

Vamos lá, caríssimos cultos, que estão em débito com a ignorância que os aflige. Senhores conhecedores da vida. Dignos de um bom salário e uma vida boa. Venham  me estudar até meu último neurônio “existente”. Venham querer conhecer minhas mentiras, venham logo! Não demorem, por favor.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Ennui



A placa. De um lugar em cima do balcão. Onde se vende comida. “nachapa”. Comida quente. Comida velha. Comida chata. Eu poderia estar voando agora. Eu poderia estar num ócio bom. Mas, estou avoada. Sem internet. Nem doce. Nem bombom. Meu tédio é esfomeado. Me engole. Me esfola. Me acabo. Estou de ressaca. Estou sem saco. Estou sem ter o que fazer. Já joguei cem vezes campo minado. Meus olhos imploram por um cochilo. Não posso. Não tiro. Pessoas entram perguntando o preço das roupas. Que roupas? Aposto. Olhar de espanto. Olhar com pranto. Preciso. De um pano. Há pó. Que roupas? Não quero responder. Um turbilhão de por quês. Tenho que suportar três meses. Longo “meses”. Insuportável “meses”. Preguiçosa. Puta! É o tempo que tempera a mente. Temperamento. Tem. Mente. Mente a mesa que me agüenta. Mente o tempo que me espera. Sente. Um vago. Um vácuo. Vago vazio. Divago. Sem vaga na praça de alimentação. Barulho.  Bocejo. Cadê a cama? O lençol que já não troco há meses? Sono. Sede. Som. Fome. Folga. Fumo. Foi-se minha energia. Foice. Foice. Com a Morte que me acompanha. Com a alma que se esvai todas as 9 horas por dia. Me perco. Em meio ao lixo. Ao tecidos, dinheiros, diálogos. Chatices diárias. Longas diárias.

Tédio.

Num momento era meio-dia e pouco. Agora já é 13:30. Já nem sei quanto tempo estou aqui. Na vida. Na loja. Minhas tarde mudaram. A vida é que nem a loja. Cansativa. As vezes tem movimento. As vezes é tediosa. Parece uma vida morta. Quero mudança, troco as araras. Há questionamentos  “quanto é isso? O que é isso?” Há elogios: “que lindo, adorei a cor” Há dores: “minha vida está tão complicada, moça” Há mentiras “só estou dando uma olhadinha” “50% de desconto nessa peça, baratíssima”. A vida é que nem a loja.

Mais tédio: agora é 13:37. O relógio não passa. Desgraça! Meu cérebro entra em liquidação de neurônios.  13:38. 13:39. 13:42. 13:45
Mais. Saco!. Mais. Por Zeus!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Vazio

Besta. Sombria e iluminada. Por que te escondes nos emaranhados? Nos olhos sombrios de tua face? Meu coração acelera por ti, ó minha besta! Minha morte lenta se aguenta em teus braços. Minha sonolência te idolatra. Meu parasita. Meu verme que me devora. Minha ansiedade. Monstro dos meus mares profundos. Me tentas em suas dúvidas. Em sua profundidade. Me equivocas em suas ilhas de clandestinidades.  Por que hás de me engolir sem mastigar? Tua fome não se acaba? Minha amada! Meu ar poluído. Sujeira repelida pela minha tosse.
Meu peito te suporta, é um suporte ao teu peso. Enorme. Frágil. Angustiado. Iludido pelo Nada. Infinito de Tudo. Seu cheiro amargo me anseia. Me enoja. Mas, seu gosto doce não mais sairá de minha boca. Não largará mais minha mente. Doente.
Entes¹ que me ignoram, que não mais me olham. Nos olhos. Seu tamanho aumenta dentro de mim. Estou enorme. Sou mais você do que eu. Do que Eus.  Ser! Existir! Existo porque sou possuída por você. Engolida pelas suas atrocidades. Vomitada por suas questões paradoxais. O que fazes de mim? Ó, princesa da escuridão!  Se escondes de minhas respostas. Me questionas e foge. Me deixando pobre de verdades. De sentidos. Caminhos bloqueados pelo seu ardor negro. Conturbado. Gigantescamente ansioso. Inquieto.  Devolva-me meus Eus trancafiados em tua sala escura. Dura. Fria.

Durma em meu ombro. E, relaxe, um pouco! Venha cá,  dureza de besta! Sua formosura equivocada! Meus pés doem de tanto caminhar a sua procura. Venha se deitar comigo. Deixe-me aproveitar de você, negritude assanhada! Dor melancólica.


¹Dentro da filosofia existencialista em Sartre, seria todos os objetos que nos cercam. Aquilo que oculta o Ser.


13:53

Horário de trabalho. 13:53.

             Tédio profundo. Sem fundo. Paredes com fungo azulado.
             Confundo minhas certezas. Nesse mar sem sal. Sem açúcar. Sem nada. Minha impossibilidade de uma simpatia amigável se torna desprovida de qualquer habilidade automática e educada. Sou má educada. Estou encucada com não-questões. Com os absurdos. Com a própria loucura de se pensar que não exista verdades. Que exista verdades. O suicídio me parece a melhor saída, no entanto o Enigma por trás da morte me parece amedrontador. Receios. Estou com a voz fechada. Estou desgastada. Má alimentada pelo mundo.Má alimentada pelo Nada. Pelos porcos. Pelas vacas. Pelos animais selvagens. Moro em um curral. Talvez eu seja a palha. Que seca. Que fica lá parada. Esperando ser pisada. Arrastada pelo vento. Amargo. Que me rodeia. Pelo vento que sem medo me tormenta. Minhas noites não são mais escuras, meus dias já não são mais claros. Perdi a capacidade de ler. De contextualizar. Perdi minha sabedoria. Perdi meus neurônios intelectuais. Perdi minhas obras. Meus autores. Perdi minhas certezas. Meu sorriso. Até mesmo minhas vírgulas nos textos andei perdendo. Estou branca. Anêmica. Perdi, até mesmo, minha cor. Perdi minhas bochechas rosadas e meus lábios avermelhados. Sinto-me enganada. Fodida. Suja e, completamente, nua.
                Não consigo ser simpática com alguma cliente neste meu horário de trabalho. Não consigo fingir ser amável e prestativa. Sou inútil. Não me suporto! Não aguento me enxergar aqui sentada. Perdida. Fracassada. Nascida. Escrava de leis. Regras ininteligíveis. Não tenho papel na sociedade. Não nasci para procriar. Não nasci para estudar. Trabalhar. Ter uma família. Não nasci. Não pedi para nascer. Escolhi ser abortada. Já tentei a mais alta ignorância. Mas, não me desligo das vozes. Desse sentimento de tédio. De porra nenhuma. Caminho arrastada. Obrigada a competir. A implorar. A fazer coisas insuportáveis. Falando essas coisas sinto-me como uma adolescente quando descobre que a vida não era tão bela. Quando descobre que a vida é uma merda. E, a beleza que se vê na vida é algo que o próprio ser humano cria para poder dar algum sentido. Alguma explicação para se viver. Para se intelectualizar de bostas. Se intelectualizar de caralhos e bucetas. Faço parte da manada. Intelectualizada. Pela vida. Limitada.

                                                           (respiro profundamente...)
                                        ...

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Tu do. Nada. Ah.


       Meu rosto já não é mais um rosto. É um Nada. A estrada que caminho agora se dobra como uma língua gigante. Os carros sorriem. A árvores se mesclam e seus galhos formam braços assustadores. Na poça de água, a sujeira se transforma em pequenas cobras. Os cães, os sapos e todos os animais são tão geniais que acabo me vendo como um deles. Me transformo em cão. Me transformo em sapo. Já não tenho mais nome. Já não tenho mais tempo. Tempo não existe. Horas, minutos e segundos me parecem uma invenção muito engraçada e sem sentido. Tudo faz parte de um Todo. Sinto-me dentro de um mar e o mar como o céu. Estou de cabeça para baixo. Estou de cabeça para cima. Minha pele coça. Há muitos insetos imaginários. Meu cabelo flutua no ar como se tivesse vida própria. Minha fala sai arrastada. Minha boca está torta. Meu pensamento está louco. Está sensato. Agora, sinto a natureza. Sinto o ar que respiro. Sinto esse sapo que está em minha mão. Converso com ele mentalmente. Ah, quantos ensinamentos! Quantas percepções! Caminho com curiosidade, como uma criança quando se depara pela primeira vez com o mundo! Ponto de exclamação, ponto de exclamação! O mundo está diferente. São outras realidades. Outras subjetividades. Meus olhos despertos analisam tudo, tudo! E, nada, nada! Tudo é tão irrisório. Tão belo. Tão mesclado. Tão enigmático. Tão profundo. Tão confuso.
      Me sinto num mar de percepções. Num mar. Como um peixe dentro d’água. Respirando água. Minha pele já não é tão formidável. Meu rosto não é mais rosado. Estou verde. Estou amarelo. Estou cor de areia. Sou areia. Sou pó. Sou carne. Sou sapo. Sou árvore. Sou cão. Sou folha. Sou Tudo. Sou Nada. Doce. Amargo. Salgado. Azedo.
      Uma espécie de extraterrestre. Uma espécie de criança. Uma espécie de pequenez do Nada. Sou a antena do mundo. Capto o que quero. Subjetividade. Percebo o que quero perceber. E, percebo, também, o que não quero perceber. Transformo o mundo. As coisas são modeláveis como uma. Massinha.
      Mas, meus desejos e meus medos ainda estão incontroláveis. Difícil controlar a libido que neste momento me vem de forma assustadora. Difícil controlar alguns desejos e medos. Desejos. Medos. Difícil segurar uma comida apetitosa quando se está com fome. Vejo ondas me engolir. Vejo mãos me hipnotizar. O prazer me dominar. E, o medo me enlouquecer. Mas, são ilusões. São invenções minhas. Desejos incontroláveis que. Na verdade. São suportavelmente controláveis.
      Meus Eu’s conversam entre si. Não só conversam entre si. Mas, berram entre si. Já tive uma experiência semelhante. Mas, não dessa forma. Exclamações! Sentimentos e raciocínios a flor da pele. Ah! Meus olhos começam a doer. Ah! Minha cabeça começa a latejar. Meu corpo já não aguenta tanta subjetividade. Tanta agitação mental. Meu corpo já não está mais se esvaindo. Agora está ressurgindo da perdição. Do negrume. Do fundo. Da. Escuridão. Não totalmente. Não parcialmente. Nem de forma mínima. Ou máxima. Nem tão pouco. Nem tão muito. Mas, ressurge de volta ao sonho. A ilusão. De toda individualidade. Competição. Ilusão do Ser. Dos conceitos. Das coisas. Da vida. Do sofrimento.
      E, pior, muito, muito pior. A ilusão do medo. Da morte. Da jaula. Do controle. Da mutilação e da tortura. Mental. Física. Medo da Verdade. Do falso Saber. Da falsa Filosofia. Da falsa Reflexão. Medo do sem sentido. Medo do sem rumo.
   

domingo, 20 de outubro de 2013

Ânsia.

       Pensei no que escrever. Pensei em tantas coisas esses dias. Mas, agora prefiro não pensar. Mas, até mesmo o não-pensar está me dando problemas. Queria deixar algumas coisas nas mãos desse velho inimigo chamado: Tempo! Mas, ele sempre me rouba energias e escolhas.
      Minha cabeça está a mil com tantas tarefas e prazeres literários a disposição. E, a mil com tantos problemas e torturas a minha espera. Ando gaguejando demais. Ando comendo doce demais. Ando ansiosa demais. Estou em meio a Angústia. Estou em meio a consequência da dúvida. Em meio a rebeldes e comunalistas revolucionários. Em meio a anônimos e suas concepções de Universo, suas declarações de amor ao mundo, seus brilhos nos olhos.  Estou no meio de um auto-controle desesperador. Um delírio alucinante. Um caminho misterioso. Estou com ideias. Muitas, muitas ideias.
      Na verdade, preciso trabalhar, arranjar uma distração insolente que me renda dinheiro para fazer aquilo que mais me inquieto: viajar. Caminhar-para longe. E, parar de ficar fraquejando em meio a essa caixa sistematizadora na qual me encontro. Ah, essa perda de tempo!  Ó, esse céu que me tolera olhá-lo! Como que, eu, uma pequena mísera nômade, suja, cínica, tenho a permissão de contemplar esse mar de tolerância? Esse céu azul do meu lado?
     Sinto-me rodopiando sem parar. Imagine, como deve ser pensar e rodopiar ao mesmo tempo? Ânsia. Enjoo. Desequilíbrio. Sentimentos de acidez. Viver em rodopios causa Caos. Caos, o temido e adorado Caos! Aquele na qual venero. Mas, confesso, que ao mesmo tempo o temo. E, sinto que esse amor que tenho com o Caos, é algo recíproco. E, esse relacionamento me atordoa. Aliás, qualquer relacionamento me atordoa. Qualquer estagnação me enche de repugnância, e de consciência pesada. Falando em estagnação, agora seria um momento que eu poderia falar sobre o Amor, esse sentimento que me dá náuseas, mas não. Deixarei em meio as entranhas de- talvez- um próximo texto inútil, ou dentro de um diálogo qualquer. Não me sinto disponível a falar sobre esse termo de merda. Talvez, quando eu falar sobre Caos mais profundamente eu possa relacioná-lo, quem sabe.  Ou quando eu me tomar dos desespero do poeta Paul Verlaine(risos).


     Agora, irei me deitar, terminar de ler uma biografia e um clássico deturpado ao meu lado. Depois, assistir algum filme eufemista chato ilusório.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Outro. Mais Um.

               
                Outro dia. Outra noite. Outra vida. Outro pensamento. Outro corpo. Outro espelho. Outro mundo. Outras expressões. Outros gestos. Outros Mistérios. Outra filosofia. Outra física. Outra língua. Outro tempo. Outra estação. Outro mundo. Outro universo. Outra realidade.
                O termo “outro” vem acompanhado de falácias, com um desconhecimento do próximo, do diferente, do não presente no próximo. Será que todos, todos os dias ao dormir e ao acordar, acreditam, realmente, que o “outro” é previsível? É verdadeiro no que é falado, interpretado ou investigado? Que possa ser estudado com uma micro lupa? Me intrigo, principalmente, com fontes de “outros” dita verdadeiras, como, por exemplo, a ideia da Filosofia ser originada na Grécia, ou, ainda, como  os cabelos que ora eram cacheados depois ondulados agora são, “naturalmente”, lisos. Questiono suas “ verdades”, questiono de forma rude sua realidade, mas deixo claro que a minha “realidade” e todo meu questionamento não tem mais veracidade que o seu. Mas, de qualquer forma, questiono de forma assustadora, nada, nada sutil. Posso estar errada. Mas, não confio no “outro”, aliás, no mínimo compreendo que nem todas as fontes ditas verdadeiras são tão verdadeiras assim. Compreendo que tudo são míseras partes de um Universo tão vasto. E, que todos os “outros” são tão enigmáticos quanto eu.  Não tenho verdades, talvez achismos baseados em minhas “realidades” (?). Tenho aleatoriedades e meus desconexos, mas, por favor, nada em excesso.  A única coisa que em excesso se encontra em meu Eu, explorador e investigador de conceitos, são meu extremismos diante da afirmação “ Tudo é enigmático, imprevisível e inexplicável”.  Desculpe-me se minha estranheza ora medíocre ora simpática ora irritante incomoda. Talvez eu melhore minhas contradições através de uma divisão da palavra “verdade” como: a realidade inventada - que, aliás, não deixa de ser mentira, afinal quando diz "o Brasil ganhou a copa" não se está mentindo, é fato. Já, a Verdade genérica é aquilo que se compreende como uma aproximação da verdade, do fato, da realidade, somente uma aproximação. Assim como ocorre, constantemente, em história quando se afirma que os portugueses "descobriram" o Brasil ou foram os primeiros, com exceção dos índios, a pisarem em terra brasileira, essa é uma verdade genérica, que, enfatizando a frase acima, tenta se aproximar da verdade.
                Portanto, o “outro” não passa de. Mais um mistério. Mais um questionamento. Mais um exagero. Mais um demente. Mais um Louco. Mais um Inverno. Mais uma Tempestade. Mais uma Perfeição. Mais um, e somente um, Universo.
          

               Que São. Sempre                     são. Repetições estranhas de. Outro. De Mais . Continuam. Desconexos. Loucos, dementes, idiotas. Burros. Sim e não. Com um Será que. Talvez.




 "Tarefa importante desde os gregos conhecer-se a si mesmo, talvez por não ser possível conhecer mais nada além de nós mesmos. Talvez porque não possamos sair de nós mesmos" ( tirado do vídeo " Mundo Percebido")

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