domingo, 3 de outubro de 2010

Devaneios de um banco dilapidado.

Um velho homem,  sentado em um banco acizentado,em uma praça descolorida, sem verde, apenas árvores mal cuidadas e lixo para tudo quanto é lado. Sem se importar ao ambiente, distraído com seus pensamentos que se movem como um vento incansável balançando cada folha de árvore, ele prestava mais atenção ao timbre dos pássaros, de qual tanta leveza ostentava, pareciam que gorjeavam a sua liberdade. Ouvia o sopro do vento batendo em seu corpo, ouvia tudo mais claramente, mesmo sendo pobre de riqueza, era rico de otimismo, não ligava para os bens materias, ignorava as futilidades, achava que ser popular e ser reconhecido, é ser tomado por imagens de ilusões quebradas que se movem como milhões de olhos,na qual cegam seus objetivos, com toda sua solidão, com toda sua falta de amor familiar, se sentia seguro, seguindo apenas seu coração.
Sem se importar com o que vão pensar, ficava na praça durante horas apenas observando, não que isso significasse o desgaste de sua vida, na qual perdia seu tempo ali parado, pois era o que fazia feliz, o ocupava de uma forma diferente. Pois sem rumo, sem destino, seguindo apenas por surpresas involuntárias. Na qual observando, suas emoções desapareciam, e faziam o pensar que nada é ímpossivel. E com toda sua arte, sua sabedoria,sua forma de escrever inteligente, seu modo de enxergar a vida, guardava tudo isso pra si, achava perda de tempo divulgar tudo isso, pois a humanidade ta ai para tirar seu foco, pois tudo o que ele menos gostaria no momento era as influências. E seus olhos bons só o gratificavam, passava e repassava o olhar sinuosamente, observando cada movimento, e em vez de dilapidar seu tempo, alimentou sua alma, via imagens mais belas que nunca, sendo contrário a humanidade, na qual a importância é fama e dinheiro, usando apenas a simplicidade, como uma forma de dar sentido a sua vida, sem atingir consequências inseguras, pois passando a maior parte sozinho esse velho homen nao se pregou as manipulações humanas, vivia do seu jeito, via do seu modo, na qual resultou que observar, um gesto tão singelo o trouxe mais paz, e que todo dinheiro e todos os pensamentos clichês e desnecessários que nos cegam sao apenas devaneios de uma ilusão suicida, só isso.

Um comentário:

  1. Você escolhe e organiza muito bem as palavras, escreve com imensa harmonia, parabéns.

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