terça-feira, 31 de janeiro de 2012

        Suor frio. Coração pulsando bravamente como se houvesse uma criança trancafiada dentro de uma pequena caixinha escura, e estivesse desesperada para sair. Uma dor de cabeça insuportável. Um nó na garganta agoniante, como se um elefante estivesse preso. E um silêncio perdido em negrume... O que mais se espera de uma pequena revolta infantil com o mundo? O que há de se esperar de um pequeno fantoche? Vivemos neste planeta, e tudo parece que sempre foi assim, e que continuará sempre igual, mas... Pensar sobre o passado não é algo temeroso? Afinal,  você também será um fantasma, um passado misterioso, um universo que jamais foi revelado. Será apenas a luz de uma estrela que não existe mais, e esta luz que ainda vaga no espaço seriam suas histórias, suas pequenas artes que foram deixadas para trás. Não é terrivel você pensar que um dia terá que morrer? Ser obrigada a sair de uma fantástica aventura, da qual não haverá sobreviventes?  Ter que se desfazer de seus átomos que já prestaram a um dinossauro, e agora farão parte de algum ser desconhecido do futuro? Ou melhor, viver cegamente em um lugar desconhecido, onde estranhamente tem cinco dedos em cada uma das mãos e pés, tem duas pernas, dois olhos, um cérebro, e... a consciência? Como se criou a consciência? Quem a criou? Não, não nada de Deus, talvez houvesse algo terrivelmente enigmático da qual o universo seria apenas um grão da estrutura do misterio onde vários oompa-loompas estivessem trabalhando para Um ser ainda mais poderoso ou apenas... não haja nada. E os devaneios estejam divagando demasiadamente.
        Agora, já não há mais um silêncio perdido em negrume, a sons ensurdecedores e uma luz tão forte que faz aparecer corpos fibrosos presentes na substância gelatinosa entre a retina e o cristalino dos olhos. A expressão se contorce ávidamente. E o sol parece observar no horizonte chamando para um duelo. Subliminar. Algo de consciência para enigma.

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