segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sem algemas.


Em uma noite tão pouco estrelada, nuvens em conflitos se aglomeram. Suas lágrimas se enchem, garoando os campos úmidos e secos. Abaixo das nuvens, há uma única árvore, nela há folhas e flores invejáveis de tão verdes e belas. Da pra sentir sua vibração de longe; sentir de qual tanta vida existe nela. Mais abaixo se reflete sua sombra, tão tímida e oculta, declarando mistério ao seres vivos que estão dentro dela. Em cima da sombra, há uma garota sentada, de face agrádavel, de cabelos cacheados e longos dançando ao vento. Ela está criando uma história. E eu posso ver seus pensamentos fluírem. Posso testemunhar o escapar de suas palavras. E eu as vejo, sinto sua temperatura. Observo sua cor. As palavras sinuosamente vão sumindo junto com a sombra da árvore. E eu ouço sua melodia, e todo encantamento que há nela. É incrível como a vista de minha janela, pode me proporcionar várias portas á minha psiqué. E as libertar, deixá-las observar ao mais alto céu. E livremente sentir o ar fresco arrepiando a pele. Sentir o frio na barriga. E ainda assim respirar fundo, fechar os ólhos, abrí-los novamente e dizer "eu posso voar".

visitantes