terça-feira, 27 de julho de 2010

Nada é ímpossivel.

Não aguento mais, meus problemas se acumulam em minha mente, quero fugir disso tudo, resolvo sair porta a fora, ao longo do caminho avisto máscaras felizes de pessoas sofridas, discussões nas casas, berros infelizes e intrigantes, observo calmamente esperando algo novo acontecer, algum gesto explicito se apresentar, fecho os olhos esperando algo inovador, milhões de coisas aparecem em minha mente, soluções ou até milagres, abro meus olhos, vejo tudo igual, nada muda, minha decepção engrandece, é impossivel mudar alguma coisa, estou pessimista de mais, caminho sabendo que nao tem nenhum sentido, nada tem sentido, sem objetivos finais, sem soluções, me deito, olho pro céu sinuosamente, derepente algo acontece, enxergo no céu uma lua e estrelas, parece algo tao comum, nada de importante, mas me surpreendi, minhas emoções desapareceram, meus olhos se encheram de esperança, não estou esperando mais nada, quero apenas observar, nada acontece, mas parece que além do meu conhecimento algo muda, talvez olhando pro céu, consegui enxergar, mas enxergar além do que vejo, agora sinto que nada, nada mais é ímpossivel.

domingo, 18 de julho de 2010

Tarde demais

                                       Joana, talvez nem seja esse o nome dela, mas a história é.


 Pessoa normal aos olhos de quem nao a conhece como eu a conheço, aparenta sempre estar contente com tudo, fazia brincadeiras, vivia sorrindo por fora, mas quem vive sorrindo é palhaço. Joana teve uma vida complicada sua familia nao dava o minimo de atenção seus amigos eram falsos, encontrou conforto nos meninos. Se achava bonita ao beijar um menino e vê-lo caído aos seus pés, foi se desvalorizando e ridicularizando cada vez mais com isso. Mas em certa etapa da vida  ela conhece um cara com o qual, ela agiu de uma forma que já nao era de surpreender a muitos, e depois o que todos duvidaram é que ela realmente sentiu amor por esse cara, ele a fez mudar completamente, fez abrir os olhos e ver o quão ridicula era, ela ficou destruida ao ver que alguém que realmente se importava com ela ficar infeliz por vê-la de um jeito diferente que a imaginava, Joana era um monstro e ninguém a avisou, quer dizer, até avisou, mas ela mudando ou nao agora nao faria diferença, sua reputação estava feita. A vergonha e o ódio tomaram conta de Joana, ela fez de tudo para que nao perdesse o cara que a fez viver denovo ela o considerava seu anjo, seu amor. Foi em vão. Ele desiste de tudo, nao por nao gostar, mas por nao ter condições de sofrer por ela, gostava de Joana, mas gostava primeiro de si. Joana entao encontra a ultima e talvez unica solução para toda a sua infelicidade, ela considerou ser  o fim de tudo ou um novo começo. Joana, com facilidade por nao ter um pingo de amor próprio e o unico que sentia que era especial  e que lhe daria felicidade a abandonou, se matou sem medo algum  mas de uma forma estranha parecia dormir, tranquila, pálida  e fria como nunca. Ela havia comentado algumas vezes com quem a rodeava que iria cometer tal ato, mas como sempre nunca ninguém deu bola, acharam brincadeira. E as brincadeiras que ela fazia ficaram na lembrança dos poucos que no fundo sentirão a falta dela. E seu amor? Ela agora cuida dele, queria retribuir tudo que ele fez por ela. Talvez ele saiba e goste de ser cuidado por Joana de um jeito diferente, talvez ele nem note, mas a verdade é que em momento algum, deixou de ser amor o que um sentia pelo outro.

Elisa.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Recôndito.

Caminho sem rumo em uma linda noite escura, meus olhos brilham esperando alguma surpresa involuntaria. Ouço cada sopro do vento batendo em meu corpo, ouço tudo mais claramente, minha mente nao pensa em mais nada, além do nada. Observo cada folha de árvore, sinto aquela folha me observando indelicadamente, olho pro céu, uma estrela me chama uma rara atenção, sinto algo duvidoso nessa estrela, um mistério talvez, me pergunto porque estrela? Porque sempre algo tao clichê? Porque nao um desenho amigável, ou sei la pra me chamar atenção, sinto uma ligação mútua explicita, querendo se aproximar, talvez eu queresse desvendar o mistério, talvez seja uma ilusão, uma ilusão metafórica querendo me preocupar, pelos simples prazer de matar meus neurônios, ou não.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Mente humana, suicida.

As vezes me sinto tão distante de tudo, sinto tudo desabar perto de mim, me sinto sozinha em um terrivel sentimento de empatia. Fecho meus ólhos, tento me enxergar, formular minha vida em outra história, tento imaginar como eu era antes e como deveria ser no hoje, mas nao sei mais quem sou, meus pensamentos passados, minha ingenuidade, nao lembro mais, eu tento, mas a escuridão me da medo, meus ólhos nao se fecham mais, a minha nostalgia anda desaparecendo, isso me deprime. As lembranças estao sumindo, eu preciso do passado, gostaria que tudo voltasse a ser como antes, não completamente, mas enfim, preciso das meras caracteristicas marcantes de antes, é muito dificil dizer que nao consigo mais me ver, nem explicar que meu corpo está ficando sórdido, que virei social, me acustumei ao ambiente, sei interagir, sei manipular, virei um humano, um verdadeiro humano, afinal. Mas e agora? Bem, agora vamos aos lucros, sou soberano, sou comum, sei lidar com tudo, tenho liberdade ou nao de expressão, tenho lábia, quero ficar por cima, quero ter a minha vida, quero me dar bem as suas custas, sei do poder da minha mente posso usa-las para me gratificar e parecer ser feliz, é sempre assim, sei que posso te enganar sem você perceber, posso ferir profundamente seu psicológico, posso errar sempre, afinal errar é humano, e logo após as consequências finais tudo ficará no passado e terei a ilusao de uma vida saudável, tirando a consciência que continua me constrangendo, mas nao ligo pois me dei bem.                                                                                                                              
bem, afim de matar todas as minhas ironias, nao devo suportá-las.

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