Pensei no que
escrever. Pensei em tantas coisas esses dias. Mas, agora prefiro não pensar.
Mas, até mesmo o não-pensar está me dando problemas. Queria deixar algumas
coisas nas mãos desse velho inimigo chamado: Tempo! Mas, ele sempre me rouba
energias e escolhas.
Minha cabeça
está a mil com tantas tarefas e prazeres literários a disposição. E, a mil com
tantos problemas e torturas a minha espera. Ando gaguejando demais. Ando
comendo doce demais. Ando ansiosa demais. Estou em meio a Angústia. Estou em
meio a consequência da dúvida. Em meio a rebeldes e comunalistas revolucionários.
Em meio a anônimos e suas concepções de Universo, suas declarações de amor ao
mundo, seus brilhos nos olhos. Estou no
meio de um auto-controle desesperador. Um delírio alucinante. Um caminho
misterioso. Estou com ideias. Muitas, muitas ideias.
Na verdade,
preciso trabalhar, arranjar uma distração insolente que me renda dinheiro
para fazer aquilo que mais me inquieto: viajar. Caminhar-para longe. E, parar de
ficar fraquejando em meio a essa caixa sistematizadora na qual me encontro. Ah,
essa perda de tempo! Ó, esse céu que me
tolera olhá-lo! Como que, eu, uma pequena mísera nômade, suja, cínica, tenho a
permissão de contemplar esse mar de tolerância? Esse céu azul do meu lado?
Sinto-me rodopiando
sem parar. Imagine, como deve ser pensar e rodopiar ao mesmo tempo? Ânsia. Enjoo.
Desequilíbrio. Sentimentos de acidez. Viver em rodopios causa Caos. Caos, o
temido e adorado Caos! Aquele na qual venero.
Mas, confesso, que ao mesmo tempo o temo. E, sinto que esse amor que tenho com
o Caos, é algo recíproco. E, esse relacionamento me atordoa. Aliás, qualquer
relacionamento me atordoa. Qualquer estagnação me enche de repugnância, e de
consciência pesada. Falando em estagnação, agora seria um momento que eu
poderia falar sobre o Amor, esse sentimento que me dá náuseas, mas não.
Deixarei em meio as entranhas de- talvez- um próximo texto inútil, ou dentro de
um diálogo qualquer. Não me sinto disponível a falar sobre esse termo de merda.
Talvez, quando eu falar sobre Caos mais profundamente eu possa relacioná-lo,
quem sabe. Ou quando eu me tomar dos
desespero do poeta Paul Verlaine(risos).
Agora, irei me deitar, terminar de ler uma biografia e um clássico deturpado ao
meu lado. Depois, assistir algum filme eufemista chato ilusório.